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Índice:

168 - PRESIDENTE DE ANGOLA VISITA PORTUGAL

167 - VAGA DEMOCRÁTICA NOS USA

166 - BRASIL, HOJE!

165 - ANTÓNIO COSTA VISITA ANGOLA

164 - ALIANÇA - PARTIDO PLURAL

163 - CIMEIRA DA NATO

162 - PORTUGAL PLURICONTINENTAL

161 - DA UTOPIA KIBUTZIM

160 - O TALENTO DE SOBREVIVER

159 - BRASIL EM CRISE

158 - TRAUMA NACIONAL

157 - PSD - As Paixões da Alma

156 - SAMPAIO DA NÓVOA NA UNESCO

155 - PROBIDADE E LIDERANÇA

154 - O SAMOVAR DE RASPUTINE

153 - MONEY, MONEY, MONEY

152 - TEMPO DE CÓLERA E MEDO

151 - VAIAMOS IRMANA, VAIAMOS FOLGAR

150 - MACRON: FRANCE ET USA FOREVER!

149 - DESPOVOAMENTO E PERIGOSIDADE

148 - AS SUICIDAS

147 - O CONVIDADOR DE PIRILAMPOS

146 - «AMERICA FIRST»

145 - NUMA NOITE DE INVERNO

144 - DA IDEOLOGIA DO TEMPO VIVO

143 - O ADIAMENTO É PREFERÍVEL AO ERRO

142 - USA: SEX, LIES AND VIDEOTAPE

141 - GOODFELLAS

140 - BARACK OBAMA EM HIROSHIMA

139 - PALMIRA RESGATADA

138 - INQUIETUDE

137 - PRESIDENTE DIRIGE-SE À NAÇÃO

136 - SAMPAIO DA NÓVOA: LISURA E SOBRIEDADE

135 - DA ILUSÃO DO PROGRESSO

134 - EXASPERAÇÃO

133 - UMA CAMPANHA DISFÓRICA

132 - A CASA EUROPA

131 - O DESPOTISMO EUROPEU

130 - A CAPITULAÇÃO DA PRIMAVERA SOCIAL

129 - PORTUGAL ESMORECIDO

128 - TERMINOU A VII CIMEIRA DAS AMÉRICAS

127 - O DECLÍNIO DO VENERÁVEL

126 - DA SATURANTE SERVIDÃO

125 - EUA: RESPONSABILIDADE E UTOPIA

124 - ONU: PORTUGAL NO CONSELHO DE DIREITOS HUMANOS

123 - CESSA O EMBARGO A CUBA

122 - GOLDFINGER & CIA

121 - Dilma Rousseff inicia segundo mandato

120 - OBAMA REFORÇA A IDEOLOGIA

119 - O PESADELO LÚCIDO

118 - DA APOLOGIA DO MEDO

117 - QUO VADIS, EUROPA

116 - ABRIL

115 - PAZ E DIPLOMACIA

114 - A Alquimia da vontade

113 - KIEV ? PRAÇA DA INDEPENDÊNCIA

112 - A RECONSTRUÇÃO DO MUNDO

111 - 2014, odisseia na Europa

110 - Mandela

109 - MÁRIO SOARES RESGATA O PATRIOTISMO

108 - ONDJAKI A secreta magia dos gritos azuis

107 - A COLINA DERRADEIRA

106 - UM PAÍS IMPREVISÍVEL

105 - POWER AFRICA

104 - DA OCIDENTAL PRAIA LUSITANA

103 - QUE AGORA JÁ NÃO QUERO NADA

102 - UM CONSENSO ABRANGENTE

101 - NEM FORMOSO NEM SEGURO

100 - AMERICA THE BEAUTIFUL

99 - UM PAÍS ENCANTADO

98 - CANÇÃO PARA AS CRIANÇAS MORTAS

97 - FILOSOFIA DA MISÉRIA

96 - OBAMA NA PRESIDÊNCIA

95 - NOBEL DA PAZ DISTINGUE UNIÃO EUROPEIA

94 - RESILIENCE

93 - ÓDIO

92 - TEAPLOT

91 - VIAGEM DOS AVENTUREIROS DE LISBOA

90 - FERNANDO PESSOA / PROSA DE ÁLVARO DE CAMPOS

89 - A FARSA DO INSTÁVEL

88 - FUNDAÇÂO JOSÉ SARAMAGO

87 - OBAMA ON THE ROAD

86 - O FUROR DA RAZÃO

85 - Geografia do Olhar

84 - ESTOICISMO COERCIVO

83 - O TRAMPOLIM DA LINGUAGEM

82 - NO PAÍS DAS UVAS

81 - ODE À ALEGRIA FUGITIVA

80 - A VIRTUDE DO AMOR

79 - ANGOLA - Metáfora do mundo que avança

78 - Clarabóia

77 - Indignados

78 - APRESENTAÇÃO DE "ORNATO CANTABILE" E "MAR SALGADO"

75 - 11 DE SETEMBRO, 2011

74 - OSLO

73 - Viver é preciso

72 - O grito da garça

71 - MORTE EM DIRECTO, NÃO!

70 - ALEA JACTA EST

69 - CONFRONTO - Porto 1966 - 1972 - Edições Afrontamento

68 - PARVOS NÃO, ANTES CRÉDULOS

67 - DA PERTINÊNCIA & DO ABSURDO

66 - MORTINHOS POR MORRER

65 - VENHA BISCOITO QUANTO PUDER!

64 - VERDADE E CONSENSO

63 - LEAKINGMANIA

62 - SESSÃO DE LANÇAMENTO NA LIVRARIA BUCHHOLZ

61 - UMA APAGADA E VIL TRISTEZA

60 - IMPLICAÇÕES ÉTICAS E POLÍTICAS

59 - NO DIA DE PORTUGAL

58 - FERREIRA GULLAR- PRÉMIO CAMÕES 2010

57 - BENTO XVI - PALAVRAS DE DIAMANTE

56 - O 1º DE MAIO / LABOR DAY

55 - BULLYING E KICKING

54 - O AMOR EM TEMPO DE CRISE

53 - FÁBULAS E FANTASIAS

52 - THE GRAPES OF WISDOM

51 - Do Acaso e da Necessidade

50 - deuses e demónios

49 - CAIM ? o exegeta de Deus

48 - Os lugares do lume

47 - VERTIGEM OU A INTELIGÊNCIA DO DESEJO

46 - LEITE DERRAMADO

45 - Casa de Serralves - O elogio da ousadia

44 - FASCÍNIOS

43 - DA AVENTURA DO SABER , EM ÓSCAR LOPES

42 - TOGETHERNESS - Todos os caminhos levaram a Washington, DC

41 - Entrevista da Prof. Doutora Ana Maria Gottardi

40 - I ENCONTRO INTERNACIONAL DE LINGUÍSTICA DE ASSIS, Brasil?

39 - Filomena Cabral, UMA VOZ CONTEMPORÂNEA

38 - EUROPA - ALEGRO PRODIGIOSO

37 - FEDERICO GARCÍA LORCA

36 - O PORTO CULTO

35 - IBSEN ? Pelo TEP

34 - SUR LES TOITS DE PARIS

33 - UM DESESPERO MORTAL

32 - OS DA MINHA RUA

31 - ERAM CRAVOS, ERAM ROSAS

30 - MEDITAÇÕES METAPOETICAS

29 - AMÊNDOAS, DOCES, VENENOS

28 - NO DIA MUNDIAL DA POESIA

27 - METÁFORA EM CONTINUO

26 - ÁLVARO CUNHAL ? OBRAS ESCOLHIDAS

25 - COLÓQUIO INTERNACIONAL. - A "EXCLUSÃO"

24 - As Palavras e os Dias

23 - OS GRANDES PORTUGUESES

22 - EXPRESSÕES DO CORPO

21 - O LEGADO DE MNEMOSINA

20 - Aqui se refere CONTOS DA IMAGEM

19 - FLAUSINO TORRES ? Um Intelectual Antifascista

18 - A fidelidade do retrato

17 - Uma Leitura da Tradição

16 - Faz- te à Vida

15 - DE RIOS VELHOS E GUERRILHEIROS

14 - Cicerones de Universos, os Portugueses

13 - Agora que Falamos de Morrer

12 - A Última Campanha

11 - 0 simbolismo da água

10 - A Ronda da Noite

09 - MANDELA ? O Retrato Autorizado

08 - As Pequenas Memórias

07 - Uma verdade inconveniente

06 - Ruralidade e memória

05 - Bibliomania

04 - Poemas do Calendário

03 - Apelos

02 - Jardim Lusíada

01 - UM TEATRO DE PAPEL (Mário de Sá- Carneiro - «A CONFISSÃO DE LÚCIO» - A linha da luxúria, apresentada na PUC/Rio e UFRG)


Entendo que todo o jornalismo tem de ser cultural, pois implicauma cultura cívica, a qual não evita que, na compulsão, quantas vezesda actualidade, se esqueçam as diferenças.

No jornalismo decididamente voltado para a área cultural, todosos acontecimentos são pseudoeventos, cruzando-se formas discursivasem que as micropráticas têm espaço de discussão.

Não sendo um género, o jornalismo cultural é contudo uma práticajornalística, havendo temas que podem ser focados numa perspectivacultural especifica ou informativa, numa área não suficientementerígida, embora de contornos definidos.

Assim o tenho vindo a praticar ao longo dos anos, quer na comunicação social quer, a partir de agora, neste espaço a convite da 'Unicepe'.

Leça da Palmeira, 23 de Setembro de 2006

        2018-11-25

PRESIDENTE DE ANGOLA VISITA PORTUGAL

Por Filomena Cabral

«Ó mágoa imensa do mundo, o que falta é agir...»



Estratégia de cumplicidade parece ter sido a dominante da visita de Estado do mais alto representante da República de Angola, João Lourenço, ao nosso país, evidenciados cordialidade e desejo comum de acertar o passo, o estilo.

A normalização de relações bilaterais, em múltiplos aspectos, terá sido a tónica da visita. Se Portugal pretende colaborar com Angola no repatriamento de capitais ditos ilicitamente transferidos para o exterior, o Presidente de um dos maiores países de África afirma esperar continuar a contar com linhas de crédito portuguesas.

Aliás, desde a chegada do Presidente João Lourenço, a visita de estado manteve ritmo invejável, sem pontos mortos; a cumplicidade viria a comprovar que, de facto, a estada de três dias poderá ter sido fundamental na resolução de vários aspectos de interesse para os dois países irmãos e seculares, a república de Angola com meras décadas de existência, não os seus reinos: o ser humano parece ter tido na mãe África a sua origem.

Se a vida é jornada, a história dos países constitui-se cruzamento e resultado de múltiplas jornadas, sempre com níveis reais e metafóricos. «Se meditar é preciso», desde logo nos acode ao espírito que o desassossego é uma marca portuguesa transmissível: ficou espalhada por territórios onde deixámos vida, esperança e uma infinita amargura: as imagens vivem em turbilhão infinito de tudo o que foi visto, sentido.

Por vezes, diante do mundo a exprimir, optamos pelo silêncio, para escolher a saída conveniente, no tal sorvedouro de imagens (pessoano), acima mencionado, pois é certo que a cordialidade foi pedra de toque, durante a visita, em todos os gestos e situações, pela dominante da presença do Chefe de Estado de Angola: tratava-se de transformar possíveis ressentimentos ou desentendimentos, frustrações, em energia vital para angolanos e portugueses. Agiu-se em conformidade: 13 acordos foram assinados em áreas como a justiça, formação de pessoal docente, engenharia, turismo, reinserção social, saúde, inovação e ambiente.

João Lourenço pretende-se «arquitecto da esperança»; Angola promete assim clima desanuviado, explorando ao máximo fase renovada de relacionamento com Portugal, na «nova Angola» futura.

O político, qual artesão divino, desde Platão, deveria obrigar-se à sabedoria, conduzindo à acção, actuação conveniente, na altura exacta. Por vezes, prevalecem a astúcia e a sagacidade, deixando de lado a virtude, enquanto qualidade política: governaria melhor o que fosse temido. Tal filosofia extremista tem vindo a ser posta de lado num mundo que reconhece a inutilidade de velhos conflitos no arquivo do imemorial, sempre ao dispor dos que aspiram à sabedoria.

Neste plano, a visita do Presidente João Lourenço foi espelho disso mesmo, desde logo por encontrar no Presidente português sabedoria e sagacidade, ávido de mundo, movimentando-se por ele na atitude dos antigos portugueses. É disso exemplo . embora simbólico . a condecoração do Infante D. Henrique, belo colar, representando a «geração ínclita», sábia, pronta a sacrificar-se pelo bem dos povos e das nações, ainda que no mero plano do «desejo»: a costa d'África iniciou a expansão portuguesa no séc. XV. Condecoração que, quanto a mim, assentou, perfeita, em João Lourenço, Presidente de Angola do nosso afecto, memória: somos, de facto, Países irmãos.

Um Presidente universalista, admirável, Marcelo Rebelo de Sousa: permite-nos, quase sempre, estabelecer pontes com o longínquo, sem pejo. Dialoga com o tempo, como se fosse eterno, num hábito de gente celebrada . nós, os portugueses, agora enquanto nação integrante da União Europeia. Tidos por certos sageza e ânimo, visitará Angola no próximo ano, por convite do Presidente João Lourenço, que ainda visitou a cidade do Porto, realizando-se a sessão de boas-vindas no salão árabe da Associação Comercial. Ali lhe foram entregues as chaves da cidade.

Introduzindo ligeiro apontamento:

Na semana pretérita, participara Marcelo Rebelo de Sousa na 26ª Cimeira Ibero-Americana, as migrações enquanto «questão fundamental», na Guatemala, reunidos chefes de Estado e do Governo. Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que Portugal tem sido exemplar na questão das migrações, rejeitando a pretensão de resolver este problema unilateralmente; e ninguém o pode resolver à margem dos direitos humanos ou do direito, aspecto que vem preocupando o mundo ibero-americano, «com condições únicas para enfrentar o problema» - afirmaria.

Com o Ministro dos Negócios Estrangeiros Augusto Santos Silva, o Presidente da República insistiu na inevitabilidade do diálogo, aceitando que a comunidade de 22 países ibero-americanos tem grande riqueza, do ponto de vista político e sócio-económico, para enfrentar os problemas em questão; acrescentaria não poder deixar de salientar que Portugal tem sido protagonista cimeiro nesse e noutros pontos da cena internacional.

Sobre os milhares de migrantes, que rumam aos Estados Unidos da América a partir da América Central, referiu que são vários grupos, não apenas um de origens diversas; e que vão sofrendo modificações no seu percurso: parte significativa tende a fixar-se no México, demonstrada capacidade de acolhimento digna de nota.

25.11.2018



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