2025-03-21, sexta-feira, 18h00:

Apresentação dos livros, PLANTAS TÓXICAS, COMESTÍVEIS E CURATIVAS DO NORTE DE PORTUGAL E DA GALIZA e A SAGA DAS CURANDEIRAS

de Marisa Castro

Plantas tóxicas, comestíveis e curativas do Norte de Portugal e da Galiza. Âncora Editora [2ª edição 2024]

MARISA CASTRO e BALBINA SILVA. 2023. Português.

Neste guia juntam-se os conhecimentos populares de uma mulher sábia no conhecimento das plantas, e uma descendente de curandeiros, cientista e estudiosa delas, que as analisa com rigor botânico e científico. Desta conjunção saiu este livro referido a 200 ervas e a 670 nomes populares em português, galego e castelhano.

Além de breves conhecimentos botânicos gerais e da maneira de recolher e conservar as ervas, cada espécie vai acompanhada de uma fotografia a cores, dos usos e abusos que se fizeram e fazem da planta, as possíveis utilizações e a maneira de o fazer e uma menção a aquelas outras espécies com as que pode ser confundida.

Tem especial relevância porque, a pesar de ser as plantas muito importantes na vida das pessoas, há muita falta de conhecimento rigoroso, de coerência e de responsabilidade no seu consumo em uma sociedade no que as pessoas são tratadas pela medicina oficial. Apenas se pode confiar em um diagnóstico correto e no conhecimento científico, tendo em consideração as múltiplas interações medicamento/planta.

A saga das curandeiras. Hércules Edicións (A Coruña) [5ª edição 2024]

MARISA CASTRO CERCEDA. 2022. Galego e castelhano.

Nesta obra de ficção, a través da vida de uma mulher nascida em 1911 e falecida em 1972 faz-se uma viagem sócio - política, durante boa parte do século XX, desde a Galiza mais profunda até o Madrid da República e do retorno da protagonista à terra natal durante a Ditadura franquista. Etapa na que, a pesar da incompreensão por parte das autoridades políticas e religiosas, a protagonista exerce a sua profissão de curandeira, herdada e aprendida com a avó e melhorada com os conhecimentos adquiridos na capital.

É um romance etnográfico, porque a investigação da autora, durante mais de quarenta anos, relativa ao trabalho destas pessoas, ajuda a aproximar-se ao uso real das ervas e dos cogumelos na Galiza interior, quer com fins curativos, quer com fins mágicos, através das desvalorizadas «meigas».

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