“Napoleão Ribeiro é antropólogo e tocador de gaita-de-fole. Foi membro fundador da Escola de Música Tradicional da Ponte Velha e aí lecionou o instrumento entre 2010 e 2016. Desenvolve a sua atividade musical nos projetos Gaiteiros da Ponte Velha e Chulada da Ponte Velha, todos nascidos no seio da Associação Cultural Tirsense. Nesta coletividade tem desenvolvido várias ações relacionadas com a prática da gaita-de-fole, das quais se destacam: o registo das práticas musicais e do património material relacionado com os zés-pereiras dos territórios do litoral do noroeste português; e o registo e análise de fontes iconográficas e documentação relativos às práticas musicais com gaita-de-fole em Portugal. Além disso, de 2014 a 2019 foi programador do Encontro de Tocadores – Entre Margens, em Caminha e das dezasseis edições do festival Palheta Bendita, em Santo Tirso, festivais que, embora direcionados para a música popular, não deixam de a relacionar com as diversas vertentes artísticas, literárias e antropológicas. Colaborou no Cancioneiro de Gaita-de-foles, publicado pela Associação Portuguesa para o Estudo e Divulgação da Gaita-de-foles, onde publicou o artigo "Gaiteiros na Terra, entre o Céu e o Inferno. Contributos dispersos para a contextualização da iconografia e das práticas musicais com gaita- de-fole em Portugal" e vinte partituras. Foi autor do desdobrável “Para Conhecer e Fazer. Instrumentos Musicais Singelos: aerofones de palheta” editado pela Pédexumbo; coordenador e autor do catálogo da exposição “Instrumentos Musicais Populares do Noroeste Peninsular” da Braga Capital da Cultura do Eixo Atlântico; e coordenador e autor do livro/DVD "Os Zés Pereiras - uma cultura musical do Entre Douro e Minho" patrocinado pelo Ministério da Cultura. Enquanto músico participou nos álbuns "Sempre a Ramaldar", com a Chulada da Ponte Velha; “Vai-te Cuca”, com Cardo Roxo; e “Pelas Horas”, da Escola de Música Tradicional da Ponte Velha e Cardo Amarelo”. |
Os Zés Pereiras: uma cultura musical do Entre-Douro-e-Minho
Livro de capa dura com 240 páginas + DVD Com audiovisuais de Abel Andrade e sob direção artística de Nuno Dias, Tiago Manuel Soares e Napoleão Ribeiro, este livro, financiado pela Direção Geral das Artes, foi construído com base nos testemunhos de músicos de dezena e meia de grupos de zés pereiras, vários festeiros e diversos construtores de tambores e de gaitas-de-fole. Com esses depoimentos, os autores puderam compreender as funções dos inúmeros grupos de tamborileiros nos rituais e profanos e noutras cerimónias dos territórios do noroeste português. Dessa investigação resultou um trabalho que contém cinquenta e sete toques em partitura e vídeo, assim como menções a numerosas fontes orais, documentais e iconográficas, recolhidas ao longo de vários anos. Isto torna a publicação uma referência para o estudo da história desta prática musical, popularizada desde o final da Guerra Civil de 1830-1834 e que, em meados de oitocentos, já era designada como “zés pereiras” em Portugal e no Brasil. O trabalho inclui: - textos do antropólogo Napoleão Ribeiro; - partituras do percussionista Tiago Manuel Soares; - vídeos, fotografias e som do videógrafo Abel Andrade. |
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