2015-04-10, sexta-feira, 18h:


lançamento do livro "Horizontes da Literatura - Pessoa em Saramago"

de João Cabrita




Sinopse:

Estudar Literatura é no essencial ler textos. Ler é interpretar, conhecer o que está escrito. Ler, escrever e conhecer a língua são três vértices de um triângulo que se deseja sabido, a cuja área ou perímetro chegamos, graças a um trabalho que se vai desenvolvendo ao longo do quotidiano.

Sabemos que a língua é um dos símbolos da Pátria. Ninguém fala melhor a língua portuguesa que nós. Pergunta-se: quantos a falam bem? Quantos a lêem bem? Quantos a escrevem bem? A resposta não fica adiada. Se o professor gosta de ler, de escrever e de conhecer, por inerência de funções ou não, como ensinar Literatura? Como fazer gostar do que ele gosta?

Se a primeira grande dificuldade do aluno é a sua competência linguística, é de primordial importância a leitura/compreensão de textos literários na aula, e por que não seguir o conselho de Saramago: Um homem deve ler de tudo, um pouco ou o que puder, não se lhe exija mais do que tanto, vista a certeza das vidas e a prolixidade do mundo. Começará por aqueles títulos que a ninguém deveriam escapar, os livros de estudo, assim vulgarmente chamados, como se todos o não fossem.

E foi a visão de Saramago, a partir de um dos heterónimos de Pessoa, que nos conduziu à feitura de um livro, onde as categorias da narrativa se abrem a uma leitura, que torna mais fácil a lisibilidade do texto e a compreensão da escrita saramaguiana.


João Cabrita é licenciado em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, Mestre em Didáctica da Língua e Literatura Portuguesas, pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Doutorado em Filologia Portuguesa pela Universidade de Salamanca.

Foi docente do ensino secundário e superior.

Autor de :

O Liceu Nacional de Bragança e o seu patrono, uma história por contar;
Paulo Quintela, um ilustre reconhecido;
Cem Anos do Clube de Bragança, no Centenário da República;
Delfim Guimarães, um nortenho no coração da Amadora;
Trindade Coelho, um homem na encruzilhada do seu tempo.