2020-01-22, quarta-feira, 18h15:
Apresentação do livro «Histórias do Meu Tempo»,
uma antologia de Camilo Castelo Branco,
com organização e prefácio de José Viale Moutinho
Lisboa, 5 de novembro de 2019 – Quem
melhor do que José Viale Moutinho para
organizar e prefaciar «Histórias do Meu
Tempo», uma antologia de Camilo Castelo
Branco?
Esta obra, que chegará às livrarias no dia 8 de
novembro, é constituída por textos ficcionais
recolhidos em jornais e livros que José Viale
Moutinho considerou mais representativos
entre os que Camilo escreveu e publicou
desde o início dos anos 50 a finais dos anos
80 do século
Esta obra riquíssima inclui os seguintes
textos:
• Uma Praga Rogada nas Escadas da Forca
• Vingança Dum Rinoceronte de Amor
• Mil por Um
• Dois Santos não Beatificados em Roma
• Um Parente de Cinquenta e Três Monarcas
• A Mulher da Azinhaga
• Dois Corações Guisados
• O Livro V da Ordenação, Título 22
• Que Segredos São Estes?
• O Filósofo de Trapeira
• O Cofre do Capitão-Mor
• Quarto dos Doze Casamentos Felizes
• A Formosa das Violetas
• Uma Viscondessa Que não Era
• Gracejos Que Matam
• O Comendador
• Maria Moisés
• O Degredado
• A Viúva do Enforcado
• Aquela Casa Triste
• O Senhor Ministro
«Eu não tenho imaginação, tenho memória, memória do que vi, do que senti, do que experimentei. Se descarno as pinturas, se descrevi uma cena friamente, é porque assim os olhos, que a viram, a levaram à alma, que a imprimiu em si. Se me deixo ir nos arroubos do coração, que se ala para o imperceptível, desesperado de incorporar na palavra o que só é foro íntimo da alma, é porque, em tal situação, na presença de tal facto, ouvindo tal história, vendo tal mulher ou homem, senti assim, compreendi assim o que talvez outros olhos e outras almas vissem e entendessem de outro modo.» (Camilo Castelo Branco)
Sinopse:
«Nesta antologia recuperei de uma dispersão por jornais e livros alguns dos textos de ficção de Camilo Castelo Branco que se me afiguraram mais representativos entre os que ele escreveu e publicou desde o início dos anos 50 a finais dos anos 80 do século XIX. Daí me tenha servido para título de uma obra pensada pelo autor, mas nunca escrita. Histórias do Meu Tempo é título encontrado numa carta de Camilo ao seu amigo Vieira de Castro, chegando mesmo a dizer-lhe que figurava entre os seus últimos trabalhos que estavam “a gemer na estampa”, destinados a um editor lisboeta.
Folheando esta obra, sentimos logo estarmos ante um fantástico álbum videográfico dominado pelos tons a sépia das imagens de uma sociedade que mais ninguém conseguiu amostrar como o autor de Amor de Perdição. Ler as ficções que conformam Histórias do Meu Tempo é uma lição de escrita que compreende uma seleção de páginas entre milhares que saíram da banca de trabalho de um dos mais fecundos escritores da nossa Literatura.» (José Viale Moutinho)
Sobre o autor e o organizador da obra:
Camilo Castelo Branco nasceu em 1825, em Lisboa, e faleceu em 1890, em S. Miguel de Seide (Famalicão). Com uma breve passagem pelo curso de Medicina, estreia-se nas letras em 1845 e em 1851 publica o seu primeiro romance, Anátema. Entre 1862 e 1863, Camilo publica onze novelas e romances. Tornou-se o primeiro escritor profissional em Portugal, dotado de uma capacidade prodigiosa para efabular a partir da observação da sociedade, com inclinação para a intriga e análise passionais. Considerado o expoente do romantismo em Portugal, é autor de obras centrais na história da literatura nacional, como Amor de Perdição, A Queda dum Anjo e Eusébio Macário. Cego e impossibilitado de escrever, suicidou-se a 1 de Junho de 1890.
José Viale Moutinho, nascido no Funchal em 1945, é poeta, ficcionista e ensaísta. Possui
uma vasta obra editada nas áreas do conto, ensaio, poesia, literatura infantil e na recolha
de literatura tradicional portuguesa. Foi distinguido com o Grande Prémio de Conto de
Camilo Castelo Branco/APE em 2000, com o Pedrón de Honra da Fundación Pedrón de
Ouro, de Santiago de Compostela, em 1995, com o Prémio Rosalía de Castro do Pen Club
da Galiza em 2012 e com a Medalha de Honra da Sociedade Portuguesa de Autores em
2016.
O seu livro Monstruosidades do Tempo do Infortúnio foi distinguido com o Grande Prémio
de Conto Camilo Castelo Branco, instituído pela Associação Portuguesa de Escritores e
Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, em 2019.
fotografias de Henrique Borges
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