5 de maio de 2017 sexta-feira, 18h30:

Apresentação do livro "Io Appolloni, Uma Vida Agridoce", de Carlos Quintas, com a presença da biografada





Io Appolloni
viveu um romance com o teatro, com o cinema, com o mundo do espetáculo. Mas Io Appolloni viveu também muitos romances na vida e com a vida. Mulher, mãe, atris e ex-empresária, Io é uma cidadã portuguesa convicta. Tão convicta que perdeu mesmo a nacionalidade italiana, cidadania que continua a exigir e quer recuperar.
Nascida pouco antes do fim da Segunda Guerra Mundial, numa aldeia italiana onde todos trabalhavam pela sobrevivência, teve uma infância marcada pelas dificuldades do pós-guerra. O teatro e o cinema surgiram no seu caminho na adolescência, vindo a pautar o seu percurso por um comportamento rebelde, mas exigente. Os mesmos princípios que seguiu na vida e nos amores, recusando a hipocrisia. Este livro é o retrato corajoso de uma mulher de personalidade ímpar, com uma capacidade enorme de amar, lúcida nos seus atos, peito aberto à alegria e à espontaneidade. Este é também o relato das lutas pela emancipação do seu género, das suas convicções e até da adversidade e dos fracassos. Um livro de emoções.
Sem Io, a vida de Lisboa, a vida dos portugueses dos anos 60 aos anos 90, não teria sido a mesma. O que nos levanta, afinal, uma dúvida: foi ela que escolheu Portugal ou foi Portugal que quis ser o seu porto de abrigo?

Carlos Quintas
nasceu em Faro, onde cursou Românicas. Foi ator amador desde os 13 anos até 1971, quando foi para Angola e integrou o elenco do Teatro Avenida, em Luanda. Em 1975, estreou em Lisboa com Laura Alves. Como cantor, gravou 12 singles e ganhou o Festival RTP da Canção em 1978, como autor, vertente que abandonou em 1982. Adaptou a peça Godspell para português, em que interpretou Jesus Cristo, e integrou o elenco base do Teatro Nacional, de onde se despediu para se dedicar aos musicais: Invasão, Annie, Severa, Passa Por Mim no Rossio, Maldita Cocaína, My Fair Lady, Música no Coração, Amália, Gaiola das Loucas, entre mais de 50 peças. Em 2001, foi premiado no Concurso Inatel/Teatro-Novos Textos, com Um Baile de Furriéis. Encenou Marlenne, O Mistério do Fado e Alô É Vera. Em 2017, regressa ao palco como ator em Faz-te ao Largo e Amália, novamente.