por
Celso de Lanteuil
Foi-se nossa Rosa, uma rosa sem espinhos
A rosa mais branca de todas
Dona das pétalas mais macias
Delicada, mas forte
Medrosa diante dessa violência insana
Corajosa por enfrentar um CTI com garra
Nenhuma agulha lhe fez recuar
Nenhum procedimento médico lhe intimidou
Resistiu até seu espírito se libertar
Foi-se a Rosa mais linda
Nossa Elizabeth Taylor, a Diva da família
A Dama da elegância, sempre simples e humilde
Mamãe ensinou e nos libertou
Esposa por amor, sogra para apoiar e torcer
Avó de afeto, de deixar os netos crescer para viver
Apresentou-nos a “Sétima Arte”, suas melhores trilhas sonoras
Os eternos diretores, atores, cantores e dançarinos
As grandes orquestras e seus inesquecíveis compositores
Com ela conhecemos o cinema nacional e nossa teledramaturgia
Os festivais das canções e nosso tradicional carnaval
Foi lá que aprendemos a cantar e dançar
Mamãe nos mostrou o caminho para o mar
Sem jamais se descuidar
Orgulhosa dizia “eles brincam, mas eu estou lá”
Dona Rosa soube compreender, raramente a vimos julgar
Rosinha, nossa “Miss Guanabara”, deixou essa vida num dia de celebração
Quando seu Flamengo tornou-se mais uma vez campeão
Nesse instante seu espírito voa, como nos tempos dos “T6”
Quando com o jovem Tenente Ivan ao comando
Ela amamentava os filhos no ar
Agora Rosa e Ivan seguem esse voo em ala
Ao lado dos pais, irmãs, primos, sobrinhos, amigos e cunhados
Daqui podemos escutar “come direitinho meu filho para essa gripe não te pegar”
Rio, 30 de Maio de 2015
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